Soho é South Houston, o bairro vanguardista nova-iorquino. Mas não apenas isso, os ideogramas edomoji (comuns no teatro kabuki japonês), significam “pássaro azul”, símbolo de prosperidade no Japão.
sobre nós
Hideaki Iijima, criador do sistema Soho, que hoje conta com 20 salões, e uma escola profissionalizante de cabelereiros, nasceu em 15 de setembro de 1950, na cidade de Kodama, no estado de Saitama, próxima a Tóquio. Filho de um barbeiro e de uma dona de casa, Iijima teve uma infância difícil no Japão pós-guerra, mas conseguiu concluir o colegial. Na hora de escolher a profissão, o dilema: seguir a carreira do pai ou tornar- se cabeleireiro. Escolheu a segunda opção, porque se tratava de um campo de trabalho em plena ascensão. Em março de 1968 formou-se pela escola de cabeleireiros de Omiya, também em Saitama. Posteriormente, foi aprovado no exame que o governo japonês realiza para qualificar os melhores profissionais da área.
Soho é South Houston, o bairro vanguardista nova-iorquino. Mas não apenas isso, os ideogramas edomoji (comuns no teatro kabuki japonês), significam “pássaro azul”, símbolo de prosperidade no Japão.
Mottainai é uma dessas palavras sem tradução, mas com profundo significado. Tudo o que poderia ser poupado ou preservado – e por qualquer razão deixa de ser – é mottainai. Embora se pareça com “desperdício”, mottainai é, na verdade, um modo de vida, uma atitude consciente de cuidado com tudo o que nos cerca.
Mais do que nunca mottainai é uma palavra atual. Em tempos de aquecimento global, desmatamento de florestas, uso descontrolado dos recursos energéticos, a prática do mottainai se impõe como a tábua de salvação do planeta.
Se queremos deixar um futuro para as próximas gerações, precisamos incorporar à nossa rotina o uso consciente da água, da eletricidade, dos combustíveis, dos alimentos e do lixo que produzimos diariamente.
Esta atitude de preservação e cuidado com o ser humano e o meio ambiente faz parte da filosofia do Soho, como o seu DNA. Cuidamos da auto-estima e do bem-estar das pessoas, criando cabelos mais atuais e bonitos, ao mesmo tempo em que preservamos a natureza – varrendo as ruas da cidade, por meio das ações da Zeladoria do Planeta Brasil – e fazemos a integração das culturas, através do Festival Yosakoi Soran, a dança mais expressiva do Japão moderno, embora tenha profundas raízes no folclore regional japonês.
É dessa fusão de atitudes, que traz os melhores dos valores japoneses para o Brasil, que o Soho escreve a sua própria história. Olhamos o futuro, sem abandonar o passado. E assim cultivamos as melhores cabeças.
A técnica de massagem aplicada durante o tratamento do cabelo é uma demonstração de boas-vindas, um convite à eliminação das tensões do dia a dia. No princípio era feita de maneira informal. Hoje, um profissional do sistema Soho passa aos alunos da Academia o conhecimento adquirido em leituras científicas a respeito da “massagem com as pontas dos dedos”. Toques precisos nos pontos certos: quem espera um tratamento convencional se surpreende e assimila a idéia de que não se trata apenas de um simples tratamento de cabelo.
Ao mesmo tempo que se integrava ao Movimento de Zeladoria do Planeta, começando ele próprio a varrer as ruas do Parque da Aclimação, Iijima implantou entre seus colaboradores o Dojo, uma reunião que realizava 4 vezes por semana, com grupos de 5 a 10 pessoas e duração de 4 ou 5 horas, para falar de sua experiência de vida. Exercicíos de respiração e postura, meditação e relaxamento, preparam os participantes do Dojo para tarefas solidárias que envolvem um profundo conceito de limpeza, tanto de ambientes como da alma, numa ação comunitária desempenhada com as mesmas habilidades e responsabilidades com que manejam seus utensílios de cabeleireiros.